Passei muito, muito tempo, entendo que ser livre de verdade era ter segurança. Afinal quando temos segurança emocional, financeira e física, a gente meio que pode tudo, vira meio que a dona(o) da rua e se joga até nuns rolês mais aleatórios. Quem nunca?
O conceito de liberdade que o marketing nos concedeu foi: pessoas juntas, numa viagem vivendo dias emocionantes, de preferência em lugares a céu aberto. E se a tua vida não tá nem perto disso (tal qual a minha), você simplesmente não é uma pessoa livre, não para quem definiu a liberdade. Mas eu vou te contar um segredo bem legal, tá?
Tu pode criar o que te faz se sentir livre! Tu pode começar a seguir pessoas que (para você) se deliciam com a vida e aprender com elas, tu pode fazer uma lista das coisas que te fazem se sentir livre e tentar adotar elas no seu dia-a-dia e tu pode, ainda, chutar o balde, se isso fizer sentido. É a gente que dá o nome e o tom, é a gente quem define quais são as necessidades que vai escolher atender, é a gente quem precisa olhar pra dentro e pensar: já não me sinto livre aqui (nessa relação, lugar, amizade, o que quer que seja) e quero mais para mim. Porque, como diz a bandeira do estado que ainda habito, Libertas quae sera tamen! Ps: Pessoas livres para serem quem são escolhem até no que acreditar. inclusive no Papai Noel.
E vamos as dicas! (Que você sempre pode seguir ou não, é claro)
☘️ Experimenta Aqui
Eu não me lembro como conheci, mas sei que faz tempo que conheço. A Comunidade O Lugar é um pedacinho do mundo (online, mas antes de ser moda) onde muitas reflexões importantes acontecem e onde é possível começar um trabalho duro e importante de transformação interna. Eu assino a newsletter e acompanho de perto todos os movimentos da comunidade - e ando guardando um dinheirinho pra um dia assinar. Vai aqui pra conhecer!
📖 Tô lendo
Aline Bei me dilacerou nas minhas férias. Li o primeiro e premiado livro dela, O Peso do Pássaro Morto, e chorei rios. O livro conta a história de uma mulher, em várias fases de sua vida, e, para mim, aborda tão bem o conceito de (não)liberdade que entendo ser uma boa recomendação para essa edição. Ah! O segundo livro dela tá aqui na minha lista e eu espero conseguir ler ele ainda esse ano., afinal me dei férias.
📺 Pro Sofá
Esse ano Laerte comemorou 70 anos. Eu tenho 38 e fico pensando em quem eu serei quanda fizer 70 anos. O que será que a minha liberdade conquistada a duras penas me reserva? Um dos presentes que ela se deu foi esse site, lindo, para hospedar sua obra. E eu te recomendo hoje, caso você ainda não tenha visto, o doc dela na Netflix. É genial e inspirador!
Hoje é um dia atípico na minha vida. Encerrei um ciclo lindo, escutei coisas maravilhosas sobre mim mesma e sobre a forma que eu transformei a vida e o trabalho de algumas pessoas. Chorei mares inteiros, do Ceará até a Bahia, eu diria. Mas chego ao final desse dia com a certeza de que estar livre para viver uma vida que eu acredito é a coisa mais importante do mundo e só eu posso fazer isso por mim mesma. Mainha sempre me diz que dinheiro às vezes tira nossa liberdade…eu concordo com ela e sorrio, pensando no quanto isso é real.
Obrigada por tua companhia até aqui, obrigada por me ler e por achar que o que eu escrevo faz sentido pra você. É massa quando algo que tá vivo aqui reverbera por aí!
Um beijo corajoso,
Ane Maria
No bloquinho…
Voooa minha passarinha, deixa alpistes no caminho, assim outros se alimentam. Inté .