Para ler ouvindo uma das músicas que mais ouvi esse ano:
Nos primórdios da humanidade havia uma rede social chamada Orkut. Nela as pessoas eram legais, escreviam scraps e ^^DePoImEnToS**, entravam nas páginas das umas das outras pra deixar uma mensagem singela mais ou menos assim: InVaSAummm^^.
Nela, também, éramos organizadas(os) por comunidades. Existiam as super famosas e as secretas, estas em geral feitas por pessoas low-profile, que postavam pouco mas que fomentavam discussões super legais. Uma das que eu estava, e que mais amava, era a Música de pai. Não que isso vá mudar sua vida, mas importante dizer que fui uma criança que viveu na estrada entre Jequié e Salvador-BA, entre a casa de mainha e de meu pai, e que, por isso, tinha muito tempo para ouvir músicas de pai. E de mãe, claro.
Não me entenda mal, é claro que eu escutei Balão mágico, Xuxa, Saltimbancos (♥️). Mas eram as músicas de Chico, Caetano, Gal, Bethânia, Beto Guedes, Milton, U2, Rolling Stones, Tim Maia etc que me faziam me sentir conectada ao meu pai e a minha mãe - mesmo que eles mesmos já não estivessem mais conectados. Nunca vou me esquecer do case azul cheio de fitas que meu pai tinha. Nunca vou esquecer da letra dele dando o nome a cada fita gravada . Nunca vou esquecer dos discos de minha mãe, que me apresentou Skank.
Voltando ao tema, estar na comunidade Orkutiana acima citada me fazia lembrar de tudo isso. Era uma revisita a minha história, lia as conversas provocadas ali e dizia a mim mesma: eu fui essa criança, é música de pai que me moldou. E eu acredito que você saiba que linha de música de infância te define - e se ainda não fez esse exercício, nunca é tarde para se reencontrar e criar uma comunidade pra chamar de sua, beleza? Inclusive para encontrar uma comunidade em que se possa também passar o natal. =)
E vamos de dicas pra que te quero, né?
💡 Experimenta aqui
Essa semana escrevi um pouco sobre a minha relação com o ato de dirigir, de ter um carro, de como as mulheres são vistas nesse meio. Tá aqui, se tu quiser ler. Então, pensando em como melhorar a minha experiência na direção, fui explorar o Waze (aquele app que nos ajuda a ir e vir) e descobri que há possibilidade de usar o áudio do HeadSpace, que é um app MARAVILHOSO de meditação e mindfullness. Testei e tô amando - os áudios me ajudam a manter mais a presença no trânsito com perguntas simples e legais, me ajudam a aumentar a atenção na direção. Recomendo que tu tente!
📽️ Pro sofá
Sei que essa época do ano é difícil demais para algumas pessoas. As dores e as delícias de viver um ano inteiro só nós podemos saber - e é por isso que eu te recomendo hoje assistir Filho da mãe - um documentário que está na Amazon Prime, e que fala sobre a vida de Paulo Gustavo, que nos deixou de uma maneira tão absurda, no auge da pandemia. Assista, se emocione e não se esqueça de agradecer a vida por hoje. O hoje é onde podemos dar o nosso melhor. 🖤
🥘 Deu fome?
Nada a ver com receita natalina aqui, mas é uma receitinha simples que se quiser levar pra mesa no dia 24, vai ser sucesso da Bahia!
Ingredientes: 1 cabeça de brócolis ninja / Alho desidratado / Azeite extra virgem / ¼ xícara de queijo parmesão fresco ralado / Mel
Modus operandi: Pode ser na airfryer ou no forno, tá? Pré-aqueça a 180ºC graus por 5min, mm uma tigela, misture o alho, o azeite, o queijo parmesão e o mel. Use uma espátula para misturá-lo, garantindo que cada florzinha esteja coberta com a mistura. Você quer ter certeza de que cada pedaço de alho e queijo é pressionado nos cantos e recantos dos floretes de brócolis. Isso ajudará a evitar que ele caia na fritadeira. Coloque o brócolis na cesta. Se quiser, pode polvilhar um pouco de queijo extra por cima e pimenta do reino triturada. Deixe assar por 3 a 5 minutos, até que estejam com a crocância desejada. Fica top!
Bem, já é quase natal e talvez você nem leia esse e-mail nesse final de semana. Tá tudo bem, às vezes a gente precisa diminuir a quantidade de conteúdos que consome, viver mais em comunidade e escutar mais músicas de pai e de mãe. Daqui, sigo reaprendendo o valor dos almoços em família (mesmo que emprestada), do ato de abrir a geladeira e achar um pedaço de pudim deixado de surpresa, do dividir a rotina e pedir ajuda. E espero nunca mais deixar de ter isso!
Hô hô hô e feliz natal para tu desde já,
Ane Melo
No bloquinho…