Post-it da Semana| Pra tirar o rei de dentro da barriga
ou: vote no amor para superbonder.
Em uma era nada distante vivíamos em comunidades. Pessoas trocavam receitas, crianças eram criadas de forma coletiva, dava-se boas vindas quando alguém chegava na vizinhança. Os encontros geralmente acabavam na casa de alguém, pra esticar um pouquinho mais aquela sensação de estar em coletivo.
Eu não sei direito - é preciso aprofundar muito - se foi a pandemia ou o capitalismo que acabou com esse negócio, mas, a cada dia que passa, somos cobradas(os) para sermos felizes sem depender de outras pessoas. Para nos bastarmos, para criarmos os nossos próprios rituais sem envolver mais ninguém. Self-care, self-love, auto ajuda. Chame como quiser chamar, estamos com foco no eu.
O problema, para mim, quando isso acontece é que vamos desaprendendo a nos relacionar. Tendemos a achar que o singular é o que vale, e jogamos o plural para escanteio. Deixamos de conhecer uma pessoa na fila do banheiro, de convidar alguém que tá só numa festa para integrar nossa turminha, de pedir opinião sobre uma decisão importante. Deixamos de viver a cidade e nos recolhemos em casa.
Eu sei, é difícil voltar a se relacionar. Principalmente quando as nossas visões de mundo foram escancaradas através da política e pudemos enxergar de maneira nítida quem estava do nosso lado da trincheira. Mas, hoje, quero te lembrar que o amor venceu. E eu sou uma dessas sonhadoras que acredita que o amor pode ser cola, se assim o quisermos. Espero que tu também. ♥️
Vamos, então, as dicas dessa sexta?
💡 Experimenta aqui
Eu não sei como foi tua adolescência, mas a minha teve uma pegada meio rebelde sem causa. Nada muito transgressor, mas para a cidade que eu morava, nossa, eu era a revolução em pessoa. E ouvia músicas diferentes (pra cidade), tipo Planet Hemp, Alanis etc. E aí, nesse processo de acreditar em tudo outra vez, vi uma dica super legal:
Que tal fazer uma playlist com as músicas que você amava quando era adolescente e acreditava em sonhos, no amor e nas mil possibilidades que ter 16 anos nos permite?
Já tô aqui esperando pra saber qual nome você vai dar a sua playlist!
📽️ Pro sofá
A vida invisível estreou na GloboPlay. Lembro que quando saí do cinema, depois de ver ele, precisei tomar uma cerveja para tentar digerir o que eu tinha acabado de assistir. Não sei se consegui, afinal o filme é uma obra prima do cinema nacional. E é, também, um convite a amar de novo. Ou não.
📚 Tô lendo
Uma conta de Instagram que eu amo e que me leva a refletir sempre é a Epstemia. São posts focados no autoconhecimento, na evolução do nosso eu e da forma que nos relacionamos - conosco e com o mundo. Se você ainda não segue/conhece, vale a pena demais.
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Para finalizar essa conversa, quero dizer que não, não estou te orientando a mandar mensagem para aquela pessoa que tem uma visão de mundo completamente distópica, e que está nesse momento bloqueando estradas. Longe de mim fazer isso. Eu só tô tentando aqui te convidar a fazer um bolo pra tua vizinha que também estendeu uma bandeira vermelha e agradecer a ela por ter estado do teu lado na trincheira. ♥️
Um abraço carinhoso, aliviado e feliz,
Ane Maria
Adorei!!!!
Muito bom.