Pra ler ouvindo:
Primeiro: puta que pariu, Gal. O que vai ser da gente agora que tu nos cantou tanto, mas esqueceu de cantar como faz para se despedir? Segundo: a gente é sempre uma mistura de um monte de pessoas.
Eu faço um misto quente da mesma forma que uma mocinha me vendeu no Universo Parallello em 2007 - ela colocava orégano e transformou um misto simples em algo melhor. Organizo os meus documentos tal qual meu pai faz com os dele - dei uma aprimorada, mas foi com ele que entendi sobre a parte burocrática da vida. Ainda dobro e arrumo as toalhas de banho no armário igualzinho a minha avó Maria faz - em rolinhos e com um sabonete entre elas, pra dar um cheirinho. Passo café com um pauzinho de canela que nem minha mãe me ensinou, assim que eu aprendi a fazer café.
Faço minha mala de viagem que nem Carol, minha prima. Quando tínhamos 14 anos ela viajou pra Bahia e eu pude ver a mala mais legal do mundo: espaço para calcinhas, saquinhos para sapatos, nécessaire cheia de divisórias. Sigo arrumando meu cabelo que nem uma colega de faculdade me ensinou e às vezes prendo da mesma maneira que uma ex-namorada dizia que eu ficava muito linda. Uso esmaltes escuros, do mesmo jeito que fazia com a minha melhor amiga quando erámos adolescentes com as tardes livres.
Você deve estar aí pensando no quanto de pequenas e grandes coisas que você faz, que vieram de outras pessoas. Deve estar tentando lembrar quais são esses hábitos que você traz na sua malinha de mão que vieram de dias comuns, como aqueles em que você pôde observar sua mãe na cozinha, quando visitou um amigo e ele te serviu água numa taça, ou naqueles em que comprou algo e se surpreendeu com a experiência.
Assim como eu, acredito que você não tenha mais contato com muitas destas pessoas que te ensinaram algo legal e que você faz até hoje. Acredito, também, que talvez elas nem saibam que você faz o que faz porque elas te ensinaram, e que te faz, ainda hoje, ser um grande mosaico: cheio de diversidades, de cores e sons - uma misturinha única, safada e bonita. 🎁
Memes à parte, vamos as dicas? =)
💡 Experimenta aqui
Eu não sou uma pessoa que se relaciona bem com o tempo. Para mim, ele é sempre escasso. E, por esse motivo, acabo tomando decisões precipitadas, ou mesmo não tendo muita resiliência para reprogramar algo que saiu do plano inicial. Eis que um amigo me ensinou a fazer uma coisa muito bacana.
Por exemplo:
Decidimos por um lugar para almoçar num dia de sábado. Chegando lá, não tinha exatamente o que queríamos, mas rolava de tomar uma cerveja. Ele simplesmente diz: - Beleza, traz uma cerveja enquanto a gente pensa no que vai fazer.
Assim, leve e bonito. Eu, de por mim (como se diz na Bahia), já ia ficar logo retada, reclamando da vida. E ele tem me ensinado que a gente pode se reprogramar curtindo o processo - seja com um café ou com uma cerveja.
🎵 No fone
Ontem eu ganhei, de um outro amigo, uma playlist que é a coisa mais linda de bonita do mundo. E eu vou te dar ela, também. Se divirta!
📽️ Pro sofá
Tô com uma série na lista que ainda não consegui ver, mas que, pelo que já li, vale demais a pena. Ruptura, na Apple TV. É daquelas que merece a nossa atenção integral, sabe? E que nos leva a refletir muito sobre como nos relacionamos com o trabalho. E agora…
🍒 Cereja do bolo
A Selena Gomez, pra divulgar seu documentário, tá dando 2 meses grátis de AppleTV. Pra ativar o teu (e assistir a série que indiquei acima), é só ir aqui: apple.co/selenagift
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Vou ficando por aqui, mas, antes, quero te lembrar que a gente só consegue ser a gente porque também é um pouquinho de todo mundo (e de tudo) que já amou (mesmo que tenha amado por só um minuto) - e é aí que mora a beleza e o caos da vida, dessa coisa magnífica, estranha, absurda e monstruosa que é a vida.
Um abraço apertado, saudoso e feliz,
Eliane Maria
Obrigado pelo link da Apple+!
Eu tô chorando lendo sua news e lembrando dos retalhos que me fazem ser quem eu sou, essa misturinha muito louca. Obrigada por isso 😭😭😭