Eu não sei - nem tu sabe - quando foi exatamente que a gente se tornou quem a gente é agora. Primeiro porque a gente é uma grande mistureba doida de várias coisas que nos acontecem: pessoas, traumas (porque não) e de dias legais. De várias paisagens bonitas, de várias comidas gostosas, de muitos trabalhos e de muitas, muitas atividades da escola.
Segundo porque todas essas situações/demandas/interfaces que citei acima vão nos empurrando de um lado para o outro e por muitas vezes nos trazem recados contraditórios: seja assim, fale assado, pense dessa forma. Tenha mais postura corporativa, tenha menos formalidade, vista cores que te valorizam, leia tal newsletter, compre a garrafa d´água da moda. E aí é, nesse ponto em que você para de rolar a tela do seu celular, que uma grande ficha cai e você se dá conta de que precisará lidar com a ideia de que naquele momento a sua personalidade está sendo formada.
Sim, nos formamos todos os dias. Sim, recebemos validações e invalidações de quem somos todos os dias. E cabe a nós entender se tudo que nos chega faz sentido, se queremos continuar nos lapidando (ou espremendo) para caber onde dizem que é o lugar ideal para nós. A (re)construção de quem somos é uma tarefa árdua, que demanda energia, tempo e dinheiro - por isso, meu bem, cuidado com a forma que você oferece feedback/caixinhas de adequação de personalidade para as pessoas que estão ao seu redor. Nem todo mundo dispõe das coisas que citei acima - mesmo que tente muito.
Depois dessa conversa seríssima, vamos as caixinhas que podemos escolher consumir? O legal da newsletter é que aqui o algoritmo (abençoado) das redes sociais não no alcança (eu acho)!
📚 Tô lendo
Conversar é um negócio massa, né? Mas ler…nossa senhora, nos transporta para dentro de nossa cabeça de uma forma incrível. Há dois meses atrás terminei de ler o livro Talvez você deva conversar com alguém e sinto que até hoje ele reverbera por aqui. Chorei muito enquanto lia, escrevi muito enquanto lia e, claro, conversei muito com muitas pessoas. Se você achar que ele não é pra você, volte umas casinhas no jogo e reconsidere essa crença, combinado? Ele é um livro pra geral ler!
Ps: Se você já leu ele, me responde esse e-mail? Tô 100% cadelinha dele e topo falar sobre isso toda hora. (=
Te desejo um bom final de semana, espero que essa conversa toda te ajude a repensar alguma coisa por aí e que tu goste da nova marca dessa newsletter - arte da linda da Ana Rizério.
Um beijo grande,
Ane (hoje tô querendo ser só Ane mesmo)